O combate contra a obesidade mórbida infantil

Olá, para todos vocês!! O mês de junho se avizinha e entre os seus vários dias o de número 3 merece atenção e destaque bastante especial. Nele há indicativo de reflexão individual e coletiva acerca da luta contra a obesidade mórbida infantil. Um tema que carece de um debate amplo e mais recorrente no país, isto é, com informações da FioCruz que nos trouxe dados obtidos em levantamento realizado pelo Observatório de Saúde na Infância que num recorte temos que “o excesso de peso (que inclui casos de sobrepeso e de obesidade) afetou uma em cada 10 crianças brasileiras e um em cada três adolescentes (10 a 18 anos) em 2022. Entre 2019 e 2021, período que engloba a pandemia de Covid-19, o número de crianças com excesso de peso no país cresceu 6,08%. O aumento entre os adolescentes foi ainda maior: de 17,2%.”.

Graças ao Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan-WEB), ferramenta de monitoramento de indicadores de saúde e nutrição, o Brasil pode perceber que há algo de muito errado nesse assunto. Crianças cada vez mais rechonchudas – que não é para ser bonito de se ver, mas sim um alerta aos pais de que ações e medidas devem ser tomadas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a obesidade infantil é um dos problemas de saúde pública mais graves do século XXI, ou seja, em especial nos países em desenvolvimento. Tratada como epidemia mundial, a obesidade infantil ganhou ainda mais evidência entre os anos de 2020 e 2022 (uma certa Covid esteve e está entre nós!). Esse período turbulento e desafiador – além e doloroso pela perda de parentes e amigos – fez com que o isolamento necessário acarretasse danos como o do ganho de peso excessivo em nossas crianças. Em palavras do pesquisador Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e coordenador do Observa Infância “A obesidade infantil e de adolescentes no Brasil ainda é uma grande preocupação de saúde pública. Apesar de observarmos uma queda nos últimos anos, o Brasil ainda possui números acima da média global e da América Latina. Nos anos de pandemia, observamos um aumento nos índices de obesidade infantil possivelmente consequência do aumento no consumo de ultraprocessados durante o período de isolamento!”.

Graças ao trabalho árduo de muitas organizações da sociedade civil, podemos perceber alguns avanços e mudanças que visam auxiliar a sociedade para combater esses excessos alimentares. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) colocou na mesa a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 429/2020 que, entre outros, explica a sua aplicabilidade em seu artigo 2º “(…) se aplica aos alimentos embalados na ausência dos consumidores, incluindo as bebidas, os ingredientes, os aditivos alimentares e os coadjuvantes de tecnologia, inclusive aqueles destinados exclusivamente ao processamento industrial ou aos serviços de alimentação.”. Muito bem, Dr. Rodrigo! Mas onde vejo isso na realidade de meus dias? Meu caro leitor, observe a embalagem de seus alimentos e perceba inscrições como “Alto em açúcar” ou “Alto em gordura saturada” e outras informações que servem para uma melhor escolha de todos nós, consumidores. O poder de escolha de nos alimentarmos melhor deve ser sempre um direito e um dever das empresas fabricantes, afinal, o lucro não deve ser pelo dano a saúde de cada um de nós e, em específico, das crianças. Pois que são seres em formação e acabam tendo desejos que quando não eivados de freios pelos pais e responsáveis, os danos podem ser bastantes gravosos.

Vale por demais o leitor buscar informações sobre a Política Nacional de Abastecimento Alimentar assim como a leitura integral do Decreto nº 11.820, 11.821 e do nº 11.822, todos de 2023. O objetivo desse trio normativo é de tornar a alimentação escolar mais saudável assim como nos munícios brasileiros. Logo e, portanto, é imperioso – na medida da possibilidade de cada família – observar o que é consumido dentro e fora de casa. Além disso, manter atividades físicas com mais frequência como andar em parques, pedalar, correr, nadar, pescar (por que não?!) e outras. Mais atividades ao ar livre e menos telas e isso para a-b-s-o-l-u-t-a-m-e-n-t-e todos nós. Uma em especial este colunista indica e sugere, a atividade escoteira, pois, além de ser altamente vigorante e ativa auxilia na formação moral e na ética e no comportamento de lobinhos e escoteiros (crianças e adolescentes, respectivamente)… quanta saudade do meu estimado Grupo Escoteiro João de Barro, 3º DF, lá em Sobradinho. A Patrulha Naja, da Tropa II, onde estive por alguns anos e trouxe amigos que mantenho até hoje. Afinal e para toda eternidade “Uma vez escoteiro, sempre escoteiro!”. Até a próxima!!