Olá, para todos vocês!! Em dias recentes estive num cinema no interior de São Paulo para uma sessão de cinema cuja história, esta baseada em fatos reais, é digna de muitos aplausos e aplausos de pé. Imagine você, caro leitor, habitar um país em que a tranquilidade da rotina de todas as famílias de um determinado lugar. Contudo, o malgrado sabor de uma guerra vem com mão pesada eliminando não somente direitos, mas também sonhos e objetivos… ceifando vidas e destruindo a infraestrutura local. Esse enredo é extemporâneo, porém, acontece hoje na Ucrânia, na Rússia, em Israel e na Palestina e, acredite, no Brasil!
Uma guerra, formalmente declarada, caso fosse no Brasil colocaria para cada um de nós obrigações e deveres como, por exemplo, o empréstimo compulsório (art. 148, I, da CF/88) ou também os impostos extraordinários (art. 154, II, da CF/88). Agradeçamos constantemente nutrir o sabor da paz interna e externamente falando. Mas Dr. Rodrigo, onde quer chegar com essa questão de hoje? Meu caro leitor, o filme estrelado por Anthony Hopkins e pela magistral Helena Boham Carter falava e fala sobre a vida de um senhor inglês que conseguiu com muito trabalho salvar um número de 669 pessoas (leia-se crianças). Poderia ser ainda mais caso o nono trem tivesse destino diferente do que ocorreu à época. No contexto atual e local, a nossa conversa versará sobre direitos. Direitos de toda sorte para que sejamos sempre mais coletivos que individuais. Lembro de que a escola onde frequentei o ensino médio foi construída graças a um bom e saudoso programa chamado “Orçamento participativo”. Aos mais novos, para ciência, era um programa onde os munícipes diziam ao Governo como e onde queriam a alocação da verba pública o que, nesse caso, foi escolhida a construção de um centro de ensino médio que atendesse aos alunos que tinham que ir para o outro lado da cidade para estudar. S-e-n-s-a-c-i-o-n-a-l não é mesmo?!!
Ainda falando sobre educação, acaba de ser lançado na esfera federal do Brasil um programa chamado “Pé-de-meia”. Para continuar a leitura este colunista, com toda a cordialidade possível, pede unicamente para que os amores e os ódios políticos (de qualquer lado do quadrado) sejam deixados de lado. Conversemos com o mais alto grau de respeito, ok?! O programa mencionado é uma das formas encontradas para manter crianças e adolescentes na escola. Isso é bom? Sim! Isso é correto? Com certeza? Essa é uma forma decente de uso dos recursos públicos? Logicamente que sim! Isso vai dar certo? Aí dependerá de todas as partes envolvidas. Críticas podem e devem ocorrer… com sensatez. Afinal, a educação deve sempre ser uma política de Estado e jamais, jamais de Governo. Quando a classe política municipal, estadual e federal entender e aplicar isso, avançaremos 50 anos em 5 já dizia o slogan de JK. Educação que também reforça a memória deste advogado quando nos idos dos anos 90 havia em Brasília programas como “Arte por toda parte”, “Temporadas populares”, “Projeto Saber”… um tempo em que a formação acadêmica e profissional das pessoas era pensada como melhoria para a coletividade. Acredita que até hoje há cidades no DF que não possuem teatros? Creio que no Entorno a realidade não deva ser muito diferente. Estarei certo?
Em tempos ainda mais recentes, o ProUni e o FIES trouxeram uma nova realidade para o ensino superior brasileiro. Sim, há falhas que merecem e devem ser corrigidas e desvios que devem ser apurados pelos agentes públicos responsáveis para isso. Porém, a cobrança deve ser também de todos nós. Só levantar o dedo e reclamar não ajuda em absolutamente nada! Para a parte final deste nosso papo de hoje, o contraponto é para reflexão sobre a possibilidade de utilização de vários programas para cultura, educação, saúde, lazer e alimentação enquanto outros locais pelo mundo a luta a todo momento é pela sobrevivência em tempos de guerra. Acordar e dormir nesses lugares belicosos ao som e ao cheiro do resultado da imbecilidade de poucos. Convido o leitor a assistir o discurso de Chaplin ao fim do clássico extemporâneo “O grande ditador”. Um discurso que deveria ser ensinado em todas as escolas de língua portuguesa, inglesa, espanhola, alemã, japonesa, francesa, russa… educação, pelo amor de Deus e que a guerra sempre seja vista como algo tão estúpido que apenas inumanos a desejem!