Olá, para todos vocês!! Recentemente em alguns debates com amigos e colegas advogados, encaminhei um vídeo onde o entrevistado falava sobre questões tributárias (impostos). Esbravejava todo pomposo que tinha medo de receber multas do Estado por conta de suas atividades empresariais – hoje o sujeito é político em Minas Gerais. Mas, Dr. Rodrigo, onde deseja chegar com esse assunto? Caro leitor, hoje falaremos sobre acreditar ou não em tudo que se lê, se vê e se ouve por aí.
Aos amigos e colegas, tive quase que completamente o espanto, o susto em perceber como caminha a humanidade. Basearam as suas queixas de impostos altos no Brasil a uma fala (no vídeo citado) que estava recheado de erros. Creia, leitor, estudar ainda – e creio que sempre será – o maior investimento pessoal que alguém pode fazer para si mesmo e para a coletividade. Pois bem, nessa entrevista quem comandava o diálogo era outro empresário de longa data e não rechaçou o que ouviu em nenhum momento. Será por falta de técnica ou por desconhecer como funciona o Direito Tributário nacional? Eu preferiria acreditar que nada ali era verdade, apenas uma piada em vídeo com o jargão ao final “Pegadinha do Malandro!”. Não aconteceu.
Esse fato é apenas exemplificativo para que todos nós saibamos ter e usar o senso crítico em tudo. Questionar o médico sobre aquela receita, sobre aquele indicativo de remédio, questionar o pedreiro se, de fato, aquele material de construção é necessário naquela quantidade, questionar o advogado sobre aquele seu processo, porém, por favor, respeite o descanso de todo profissional. É uma alegria ser orientador para o Exame de Ordem. São novos advogados chegando ao mercado com seus sonhos… Contudo, não é possível deixar que o lado técnico seja posto de lado por conta de uma opinião alheia muito mal colocada. Mesmo que alguns concordem (e este advogado que vos escreve também!) que a carga tributária é uma mochila de pedras em nossas costas.
É preciso, caro leitor, saber distinguir, diferenciar mesmo o que vale ou não a pena. Existem muitos “doutores da internet”. Pessoas que leem um texto na Wikipedia e já se autointitulam especialistas em qualquer assunto. Certa vez ouvi de um ex-gestor a seguinte pergunta “Porque advogado demora tanto para escrever contratos se tem no Google?”. Nem preciso mencionar ter pensado numa centena de possibilidades em contra-argumentar, mas preferi o silêncio. Minha mãe foi minha professora não só de vida, mas em sala de aula também. Ela ficaria triste se eu gastasse energia nisso.
Essa coluna serve e servirá para seu propósito de dicas jurídicas, para ajudar a todos a enfrentarem os desafios do mundo em sociedade guardando direitos e cumprindo obrigações – e mantendo o réu primário do leitor muitas vezes mesmo que o seu desejo seja diverso. Entretanto, hoje é uma necessidade expor essa questão para refletirmos. Afinal, já dizia o sábio “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor!”. Vamos (todos) estudar. Amanhã retornaremos à programação normal.